Primeiros Encantos: Fotografia Publicitária

Todos sabemos que a fotografia surgiu com o objetivo de registrar uma realidade. O cotidiano das pessoas, as ruas, os acontecimentos históricos.

Então, qual foi o grande marco que levou a fotografia ter uma linguagem mais conotativa? Sendo então, totalmente permitido qualquer tipo de manipulação e uso do ilusionismo fotográfico? Claro, nada mais, nada menos que a fotografia publicitária, ela que permitiu esse grande avanço nas modificações, tratamentos, edições nas imagens fotográficas. Assim, as técnicas e avanços nos programas de edição de imagem foram avançando cada vez mais rápido para suprir as necessidades dos nossos publicitários e afins.

Claro que no começo, as edições eram bem mais manuais e mesmo assim as fotografias P&B conseguiam ter o mesmo poder de encanto para “vender” os produtos da época.

Na época, as fotografias utilizadas nas propagandas, se misturavam com os desenhos (que davam uma liberdade maior de criação e possibilitavam criatividade) sendo um dos tipos de “montagem” da época!

E mesmo assim, ainda nos perguntamos: “Até onde esse limite é permitido?”, “Será mesmo que tudo é válido no mundo ilusionista da propaganda?”

Sou publicitária, amo a “fotografia conotativa” mas não concordo com a “distorção da linguagem fotográfica”, alguns aspectos devem ser preservados, não acham??

Fotografia Publicitária: a fotografia que encanta

Escutamos muito as pessoas falarem que as fotografias de comida são mentirosas, porque não são fiéis a realidade, mas, se as fotografias publicitárias fossem 100% fieis aos produtos, não seriam tão encantadoras. Hoje, a fotografia publicitária faz parte da minha vida, espero que daqui a pouco tempo seja meu ganha pão. E, acredite, quando a fotografia do produto, não fica fiel ao produto (fica melhor) eu fico muito feliz, e o cliente (freelar) sempre fica muito satisfeito por ver seus produtos de uma forma, que eles sabem que vão “conquistar” muito facilmente seus clientes.

A fotografia publicitária tem mesmo esse objetivo de “vender” alguma coisa, e claro, que para vender alguma coisa precisamos “encantar”, estimular todos os sentimentos do consumidor tornando a fotografia um momento decisivo para a compra.

Hoje, já não consigo mais olhar um cardápio (seja qual for o tipo de culinária) sem criticar as fotografias, putx, mas se você não tem uma fotografia que “encante” o seu cliente, pois que faça um cardápio “all tipe” @fica a dica!

Claro que como em todo estilo fotográfico existem seus truques e macetes, a fotografia de alimentos também têm, e talvez seja o estilo que mais tenha segredos, dificilmente esse segredos são revelados, quando um fotógrafo revela um segredo sobre o assunto ele acaba se queimando com os outros fotógrafos (sempre existe regras).

Exitem blogs de pessoas que gostam de culinária, “caprichar” nos pratos, na elaboração e composição do ambiente à mesa, e fazem as fotos. Esses blogs são ótimos para quem quer aprender mais sobre fotografia de alimentos. É o caso do Fotografia de Comida http://www.fotografiadecomida.com.br que une informações sobre a culinária, como a textura dos alimentos, com informações técnicas da fotografia, como que lente usou, e etc.

Outro blog muito bom, é o famoso http://comacomosolhos.com que mostra todos os sanduíches do Mcdonald`s na forma publicitária e na sua forma real. E compara as duas formas, sempre avaliando se alguém iria comer no Mcdonald`s se a fotografia não fosse tão bem elaborada! Acho Genial!

Duvido se você nunca esteve na fila do Drive do Mcdonalds com muita fome, admirando as fotografias dos sanduíches, sem saber qual escolher (vale lembrar que quase sempre não temos a descrição do que tem dentro do Sanduíche, e quase sempre também nem perguntamos, pois a fotografia já basta).

Fotografia de comida é arte, o fotógrafo que consegue transformar um alimento em algo “belo” de se olhar, estimulando ao espectador os sentimentos de fome, prazer, sede, não é um fotógrafo qualquer.