segunda-feira, 3 de janeiro de 2011

Fotógrafo da Vez: Henri Cartier-Bresson


É vivendo que nos descobrimos, ao mesmo tempo que descobrimos o mundo à nossa volta.” (Henri Cartier-Bresson, 1952)


Mês passado vi o Livro que lançaram do Henri Cartier-Bresson com algumas -460 imagens (claro que só algumas né?) de suas imagens, e um pouco (claro que um pouco né?) de sua história, uma Obra conhecida cmo "Henri Cartier-Bresson: O Século Moderno", lançado pela editora Cosac Naify (publicado com acesso irrestrito à coleção e aos arquivos da Fundação Henri Cartier-Bresson de Paris). Mas, deixei para escrever sobre ele, agora, como o PRIMEIRO post do ANO! Claro, porque falar do nosso querido Henri, não é assim, em qualquer data, concordam?

Sempre fui bastante interessada em ler sobre qualquer coisa relacionada a fotografia, principalmente sobre sua história. Mas posso ser sincera com vocês? Apenas depois de criar este blog, que fui fixar em minha mente nomes, datas e imagens, porque são muitos nomes, muitos detalhes, então, eu desculpo se alguém quando ler o título dessa postagem falar "Acho que já ouvi esse nome". Esse "lenga-lenga" todinho, porque eu queria dizer a vocês que "Henri Cartier-Bresson" não é assim qualquer nome da história da fotografia, ou melhor "mais um nome" na história da fotografia, "Henri Cartier-Bresson" foi um dos nomes mais importantes, importante como "um momento decisivo".

Tá, já entendemos a sua importância, agora vamos aos fatos: Nascido dia 22 de Agosto de 1908 na França, considerado o 'Pai do Fotojornalismo', Cartier-Bresson era de família de classe média (seus pais possuíam indústrias têxteis),o que facilitou seu acesso a equipamentos, ganhando uma câmera fotográfica (Box Brownie) ainda quando criança, e esse acesso facilitado o levou a gerar uma obsessão pelas imagens. Logo em seguida testou uma câmera de filme 35mm (eu já disse que ele também pintava? Não? Pois ele também pintava).

Em uma viagem a Marselha (por volta dos seus 22 anos), Cartier-Bresson se descobriu verdadeiramente na fotografia (inspirado por uma fotografia do húngaro Martin Munkacsi em 1931 - Mostrando três rapazes negros a correr em direção ao mar, no Congo.

Logo suas imagens foram interrompidas: Serviu ao exército Francês na Segunda Guerra Mundial, foi capturado (invasão alemã) e levado para um campo de prisioneiros de guerra, depois de algumas tentativas conseguiu escapar e juntou-se a resistência Francesa para lutar por sua liberdade. Somente quando a paz foi estabelecida, em 1947 que Cartier-Bresson fundou a agência fotográfica de fotojornalismo "Magnum" junto com Bill Vandivert, Robert Capa, George Rodger e David Seymour (pesquisarei em outro momento sobre cada um deles). Magnum continua "firme" até hoje, por mais de meio século, no site da agência, encontrei uma frase de Cartier-Bresson: "Magnum é uma comunidade de pensamento, de uma qualidade humana compartilhada, a curiosidade sobre o que está acontecendo no mundo, um respeito pelo que está acontecendo e um desejo de transcrevê-lo visualmente". Por essas e outras, que percebemos que Cartier-Bresson (assim como em vários locais que li) já era um líder da modernidade, trazendo uma crescente evolução para a fotografia da época, ajudando a definir o "Modernismo Fotográfico", abrindo caminho para novos olhares, novas formas de ver o mundo, e principalmente, abrindo caminhos para artistas fotográficos, quem sabe até dando suporte ao que hoje podemos chamar de "Fotografia Contemporânea".

Henri Cartier-Bresson, além de "Pai do Fotojornalismo", era também conhecido pelo seu "Momento Decisivo": Em sua grande maioria, gerava as imagens em sua mente, e esperava o momento exato para reproduz-las, o cara sabia o instante, minuto e segundo exato que ele deveria dar o 'click'. "O Momento Decisivo" foi, inclusive o nome do seu primeiro Grande Livro: "The Decisive Moment" em 1952.

Trabalhos: Revistas - Life, Vogue, Harper`s Bazaar viajaram o mundo com Cartier-Bresson.
Ah! E claro, Cartier-Bresson foi o primeiro fotógrafo da Europa Ocidental a capturar imagens da vida na União Soviética de Maneira Livre.


Com quase 96 anos, Henri Cartier-Bresson Faleceu em 2 de Agosto de 2004 em Vaucluse, na França, deixando as seguintes palavras e uma lição em entre-linhas em suas obras:

"Fotografar é colocar na mesma linha de mira a cabeça, o olho e o coração." (Henri Cartier-Bresson)










Fontes:

Magnum Photos: http://www.magnumphotos.com;

Biografia de Henri Cartier-Bresson: http://www.magnumphotos.com/Archive/C.aspx?VP=XSpecific_MAG.Biography_VPage&AID=2K7O3R14T50B .



Até a próxima Postagem!

Bom início de Semana, e um ótimo início de Ano. ;)

Um comentário:

  1. Putz, jurava que com tanto histórico e material (que ainda parecem atuais) já tava pensando q ele de fato, não tinha falecido ainda.
    Não sou fotógrafo, nem tão pouco bom conhecedor das técnicas e grandes nomes da fotografia (apenas um amante das imagens), mas graças ao blog dá pra aprender muita coisa! Mas voltando ao post, de fato o kra eh um puta de um grande mestre fotográfico. Fotos cheias de trocadilhos, sarcasmo e modernidade. Ainda mais em P&B, nossa...

    *Ao meu ver, vejo até uma grande semelhança na 4a foto, com o filme A Origem (naquela cena do paradoxo, com as escadas)...tem a mesma vibe de ângulo e td! oO hehehe

    Enfim, grande post para um grande exemplo amor!
    Parabéns! :D =***** sempre mto orgulhoso de vc.

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