segunda-feira, 7 de junho de 2010

Diane Arbus e o Estranhamento

E não demorou muito, já consegui preparar um novo post para o Blog. Depois do primeiro (que eu já tinha tudo preparado por ter sido usado em um outro trabalho), fiquei perdida sem saber o assunto do próximo post, com tantos fotógrafos e assuntos interessantes para escrever, foi ai que vi o comentário na matéria anterior sobre Robert Frank da minha amiga Tati D. sobre Diane Arbus. Opa, na mesma hora o estalo (valew Tati ;)

A famosa fotografa americana em questão, marcou a história da fotografia contemporânea com suas fotografias bizarras desde os anos 50 até meados dos anos 70.
Diane Arbus conseguiu causar o estranhamento em todos que apreciavam suas fotografias. Usava uma Rolleiflex de película 6x6, tinha um olhar preciso para o que não era comum com um flash que causava uma luz limpa, sem sombras, luz direta, crua, como seu olha em locais inesperados, dando valor as poses, ao instante da representação com formas estranhas de uma realidade pouco vista (e até mesmo escondida na época) que se misturam com o seu olhar, temos a impressão que Arbus e a sua câmera, eram uma só, talvez por isso chocava e ainda choca muitos espectadores.



Diane Arbus começou como fotografa de moda e publicidade (será que a maioria começa assim?), ensinada pelo marido (Allan Arbus – fotografo), trabalhando para Harpper`s Bazaar, Vogue e outras. Assim como Robert Frank, Diane não se animava muito com o estilo fotográfico, preferia soltar a imaginação, e fotografar figuras que fugiam do padrão de “um sonho americano”, sendo conhecida como “Fotógrafa de Aberrações”.

Ora, mulher. Americana, de boa família, metida com a fotografia, nos anos 50 aos 70, “soltando a imaginação” fotografando pessoas “fora do padrão americano”, alguns até insanos, só pode ser muito corajosa, e ter sofrido preconceito então, não preciso nem comentar. No mínimo chamada de “doida”, e mesmo assim, sua carreira se estabeleceu. Chegou a ganhar duas bolsas Guggenheim, realizou exposições no Museu de Arte de Nova York (MoMA) (onde pessoas cuspiam em suas fotografias) e deu aulas de fotografia em Parsons Scool of Desing. Diane Arbus foi considerada a primeira fotógrafa americana a ir a Bienal de Veneza.



No final de sua vida, Diane Arbus decidiu fotografar pessoas internadas em asilos e hospitais, acredito que isso deixou Arbus pouco atormentada, como diz Dorothea Lange “cada retrato de outra pessoa é um auto-retrato”, talvez Arbus se identificava com essas pessoas.



Devo admitir que pesquisar sobre Diane Arbus, tarde da noite, não me deixa tranquila.
Assim Arbus não teve uma vida pessoal bem sucedida, separou do marido em 1958, sofria de depressão e sintomas de Hepatite. Faleceu em 1971, suicídio por ingestão de barbitúricos e cortes nos pulsos.



A vida continua e a história de Diane Arbus também, o catálogo se sua exposição tornou-se um dos livros mais importantes já publicados, e o Filme “A Pele” (2006) conta a história da fotografa (papel interpretado por Nicole Kidman), mostrando a vida pessoal de Arbus e suas figuras bizarras como anões e nudistas com corpos disformes em campos, gigantes em casas de bonecas, família jovem com posturas estranhas e filhos estrábicos, entre outros.



A fotografia de Diane Arbus, me faz pensar no que é belo e o feio, certo ou errado, sanidade e insanidade, e em tudo que é ambíguo. Sem dúvida, uma mulher incrível, que se entregou à sua arte fotográfica, fazendo valer na história da Fotografia.

Para quem quer ver mais da obra de Diane Arbus

3 comentários:

  1. minha nossa, realmente... tarde da noite com essas fotos, no mínimo MEDO! ;P heaiueiah
    ela é realmente corajosa de ir atrás desse tipo de coisa pra tirar foto.. a 1a foto td bem...um estranhamento...a 2a ja parte prum filme caseiro, mas as 2 últimas, minha nossa, filme de terror trash =~~ mas msm assim em todas realmente enxergo uma veia artística do processo.. não sei tecnicamente, mas visualmente pelo fato de ser tão estranho, parece até montagem! hehe

    =****** bjo pra minha fotógrafa favorita

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  2. hello!!
    adorei o blog helo, vou acompanhar.
    não para de postar não, muito legal ter um blog onde ler coisas interessantes sobre fotografia, e pessoas interessantes também..
    beijoos

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  3. Amiga, adoreeeeeei. Me fez lembrar do filme, onde, até então, nem sabia quem era ela. Diferente, né? Por ser assim é que eu fiquei mais curiosa em conhecer mais sobre o trabalho dela também.
    Belo post, parabééééns! =]

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